Hoje assisti Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, considerado um dos melhores filmes de todos os tempos. Mais um daqueles programas pra depois contar e parecer cult. Não achei o melhor, mas achei um filme muito bom
O filme conta a história de um magnata das comunicações que ataca governantes, compra vários jornais e rádios e chega concorrer a governador. Por isso lembra mais Carlos Lacerda - fundador do jornal Tribuna da Imprensa e um dos responsáveis pelas quedas de Vargas, Jânio Quadros e Jango - do que propriamente Roberto Marinho (Globo. Existe aliás um documentário sobre a Globo entitulado Muito Além do Cidadão Kane).
Cidadão Kane tem uma das cenas mais parodiadas: a da bola de cristal - enfeitinho, não o objeto de trabalho de advinhos - caindo no chão após sua última palavra, Rosebud, que aliás é um código para ganhar dinheiro no game de simulação The Sims.
Talvez 70 anos depois o impacto do filme não seja o mesmo. O começo do longa [e põe longa nisso] chega a ser empolgante, cômico, mas da metade para a frente ele diminui a marcha, chegando ao um final quase frustrante, mas interessante.
Outro detalhe interessante é que Orson Welles, no papel do protagonista, interpreta o Sr Kane desde da juventude até a morte. O que impressiona pela maquiagem - vendo alguns trechos do filme, antes de vê-lo na íntegra, tive quase certeza de que o magnata jovem e o idoso eram atores diferentes - e principalmente pela interpretação de Welles, que lhe rendeu um Oscar.
Se tiver um pouco de paciência e gostar de dramas, recomendo!
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