A partir daí surgem opiniões variáveis. A mais ouvida é de que “o brasileiro votou em 2005 para o comércio de armas continuar”.
A associação do crime do Realengo ao referendo não é exatamente apropriada. O tal Wellington não comprou as armas numa loja, mas comprou ilegalmente. A arma vendida na ilegalidade vem do tráfico, na grande maioria das vezes. Talvez com um resultado diferente no referendo anterior, isso teria acontecido do mesmo jeito.
De qualquer maneira, a volta do assunto na boca do povo – e da mídia – trouxe um velho argumento pró-armamento muito perigoso: “o cidadão votou pelo direito de se defender. O bandido tem a arma e o cidadão deve ter como se defender.” Não é bem assim.
Quantos casos já vimos no noticiário de crianças que pegam o revólver do pai na gaveta do escritório para brincar? E de filhos, pais, ou seja quem for, que pegam a arma “caseira” para familiares ou vizinho pelas mais variadas razões?
Talvez não seja demais votar sobre o assunto novamente, já que esses tipos de argumentos revelam o quanto o assunto está mal-explicado.
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