sábado, 6 de fevereiro de 2010

Muito aquém de uma resenha de Cidadão Kane

Hoje assisti Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, considerado um dos melhores filmes de todos os tempos. Mais um daqueles programas pra depois contar e parecer cult. Não achei o melhor, mas achei um filme muito bom

O filme conta a história de um magnata das comunicações que ataca governantes, compra vários jornais e rádios e chega concorrer a governador. Por isso lembra mais Carlos Lacerda - fundador do jornal Tribuna da Imprensa e um dos responsáveis pelas quedas de Vargas, Jânio Quadros e Jango - do que propriamente Roberto Marinho (Globo. Existe aliás um documentário sobre a Globo entitulado Muito Além do Cidadão Kane).

Cidadão Kane tem uma das cenas mais parodiadas: a da bola de cristal - enfeitinho, não o objeto de trabalho de advinhos - caindo no chão após sua última palavra, Rosebud, que aliás é um código para ganhar dinheiro no game de simulação The Sims.

Talvez 70 anos depois o impacto do filme não seja o mesmo. O começo do longa [e põe longa nisso] chega a ser empolgante, cômico, mas da metade para a frente ele diminui a marcha, chegando ao um final quase frustrante, mas interessante.

Outro detalhe interessante é que Orson Welles, no papel do protagonista, interpreta o Sr Kane desde da juventude até a morte. O que impressiona pela maquiagem - vendo alguns trechos do filme, antes de vê-lo na íntegra, tive quase certeza de que o magnata jovem e o idoso eram atores diferentes - e principalmente pela interpretação de Welles, que lhe rendeu um Oscar.

Se tiver um pouco de paciência e gostar de dramas, recomendo!

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