terça-feira, 28 de junho de 2011

Pitacos do humor

Haja coração!
Muito bom o retorno do campeonato de futebol do Rockgol, da MTV, agora disputado numa comunidade pacificada do Rio de Janeiro. No campo, jogam os músicos, mas como sempre o destaque fica por conta da narração, desta vez a cargo de Marcelo Adnet.

O humorista vem seguindo a linha humorística de Paulo Bonfá e Marco Bianchi, que comandaram a apresentação do campeonato por muito tempo. A atração já parecia ter perdido um pouco da graça ao ser tirada do ar em 2010.

De certo modo, Adnet imita o estilo da dupla, mas seu toque de criatividade dá um toque a mais à locução. Pouca atenção à bola jogada e muitas referências aos jargões dos jornalistas esportivos, com direito à estatísticas inúteis, uma imitação do comentarista de arbitragem Roberto Wright e reportagem de campo desnecessárias. 

No entanto a participação de Tatá Werneck como comentarista que não entende nada parece ir na contra-mão do espaço conquistado pelas mulheres na mídia futebolística.

A atração vai ao ar na MTV aos sábados e domingos, às 19h
 
Vale a Pena
O programa Legendários mudou bastante de cara desde sua estreia. O destaque fica por conta do "Vale a Pena Ver Direito", apresentado por Marcos Mion (com o Mionzinho no fundo). No quadro, Mion analisa minuciosamente micos e detalhes das atrações da TV Record. E agora ele pegou Gugu pra Cristo. 
Na Record, sábado às 22h45.

Uma pena
A mal contada notícia falsa da morte do humorista Amin Khader deve prejudicar as atrações humorísticas da emissora (sem contar a parte jornalística) da qual o promoter faz parte. 

Reportagem da Folha aponta que o próprio Khader teve participação na boataria com o intuito de atrair atração para um quadro seu no programa Hoje em Dia. A Record afirma ter sido vítima dessa brincadeira de mau gosto.  

Sabe o que faz um deputado?
O PR (Partido da República) vem adotando clara conotação humorística em sua propaganda eleitoral. Além das aparições de Tiririca na TV, o partido aborda a luta pela defesa dos direitos da mulheres na propaganda do rádio com os seguintes dizeres: "Sabia que todas as mulheres do Brasil precisam de terapia? É... ter a pia cheia de louça para lavar". Depois fica evidente o tom de ironia da piada. 

De qualquer modo, é válida essa nova abordagem da política utilizada com certa ousadia pelo partido. 

Chavão

Eu sou contra essa ideia pronta de que todo clichê tem que ser contrariado.

domingo, 26 de junho de 2011

Análise do GP da Espanha 2, digo... GP da Europa

Corrida fraca no GP da Espanha 2, maliciosamente conhecido como GP da Europa. A pista permitiu poucas ultrapassagens – exceção feita a uma linda manobra de Alonso sobre Webber. Fosse o traçado valenciano um pouco mais estreito e teria punido algumas saídas de pistas de Webber e Vettel com uma raspada no muro. Não foi o caso e a corrida seguiu.

Apesar da vitória do incontestável Sebastian Vettel, não dá mais para desprezar a evolução da Ferrari, comandada por Fernando Alonso. Seu segundo lugar, com boa distância para Webber, mostra que a aquela ideia de que equipe dos touros vermelhos pode tirar uma soneca que ainda assim será campeã é historinha para boi dormir.

Felipe Massa vem sendo um bom largador e nada mais. As atrapalhadas da Ferrari nos boxes não “aniquilaram” a corrida do brasileiro. Foram falhas sim, mas nada que tenha comprometido a já discreta corrida de Massa, que só não foi o último do G6 (duplas da McLaren, Ferraria e Red Bull) porque Button teve problemas no KERS.

Rubinho...
As estratégias um pouco mais ousadas de paradas para Jaime Alguersuari (Toro Roso – duas paradas) e Sérgio Perez (Sauber – uma parada) deixaram Rubens Barrichello de fora da zona de pontuação. O mexicano, aliás, deixou para trás seu colega de equipe Kamui Kobayashi, a sensação da temporada.

Completo
Todo os carros completaram a corrida. Talvez tenha sido algo que contribui para deixar a corrida um pouco mais chata. Com tantos carros na pista era mais fácil pegar tráfego de retardatários.

Vale mudar?
O que a Benetton de 1995, Ferrari de 2002 a 2005, Brawn GP de 2009 e a Red Bull atual têm em comum? Além da supremacia na pista, essas equipes tiveram  (e tem, no caso da RBR) que lidar com as mudanças de regras que a organização da Fórmula-1 impõe durante a temporada. É algo como “trocar pneu com o carro andando”, se bem que os pits stops da escuderia dos energéticos estão tão rápidos este ano que a frase já nem parece exagero mais.

Agora a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu alterar o regulamento dos motores e dos escapamentos, inibindo dois detalhes que supostamente favorecem a Red Bull. Não vai fazer efeito. É uma tentativa de impedir o mais justo: o melhor carro, guiado pelo melhor piloto lideram o campeonato e ao que tudo indica, vencerão o mundial.

A Fórmula-1 está exagerando na dose. Sua organização foi extremamente feliz nas novas regras, que facilitam as ultrapassagens: já trouxeram a emoção de volta para as corridas. Agora quer a todo custo “impor” a emoção no campeonato, tentando nivelar as escuderias artificialmente. Já tivemos em temporadas anteriores corridas fracas e campeonatos emocionantes, decididos na última prova. Qual o problema se acontecer o inverso?


Classificação do GP da Espanha
1. Sebastian Vettel (Alemanha/Red Bull)
2. Fernando Alonso (Espanha/Ferrari)
3. Mark Webber (Austrália/Red Bull)
4. Lewis Hamilton (Inglaterra/McLaren)
5. Felipe Massa (Brasil/Ferrari)
6. Jenson Button (Inglaterra/McLaren)
7. Nico Rosberg (Alemanha/Mercedes)
8. Jaime Alguersuari (Espanha/Toro Roso)
9. Adrian Sutil (Alemanha/Force India)
10. Nick Heidfeld (Alemanha/Renault Lotus)
11. Sergio Pérez (México/Sauber)
12. Rubens Barrichello (Brasil/Williams)
13. Sebastien Buemi (Suiça/Toro Roso)
14. Paul di Resta (Escócia/Force India)
15. Vitaly Petrov (Rússia/Renault Lotus)
16. Kamui Kobayashi (Japão/Sauber)
17. Michael Schumacher (Alemanha/Mercedes)
18. Pastor Maldonado (Venezuela/Williams)
19. Heikki Kovalainen (Finlândia/Lotus-Renault)
20. Jarno Trulli (Itália/Lotus-Renault)
21. Timo Glock (Alemanha/MVR)
22. Jerome D'Ambrosio (Bélgica/MVR)
23. Vitantonio Liuzzi (Itália/Hispania)
24. Narain Karthikeyan (Índia/Hispania)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Orgulho ferido

Vereador de São Paulo quer criar a Parada Orgulho Hetero. O problema é que se você não aparecer vai pegar mal.

Mas falando sério e se a proposta foi aprovada, como fica? No dia do evento gays podem ser discriminados? Não podem participar?

Do mesmo jeito que o STF aceitou a liberdade de expressão dentro da Marcha da Maconha desde que não haja apologia às drogas, a Parada Hetero fica proibida de fazer apologias à homofobia?

Enfim, a proposta é a prova de que alguns tiveram o orgulho ferido. Vai entender.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ministro da Verdade

Quando o escritor britânico George Orwell sentou em sua cadeira para escrever sua obra-prima, imaginou um catastrófico cenário futurista em que uma espécie de mescla fascista-socialista dominaria o mundo, suprimindo liberdades civis e até mesmo cortando pela raiz o pensamento crítico das pessoas. Todo canto do planeta era vigiado pelas câmeras do governo, os olhos do hipotético ditador Grande Irmão (Big Brother, para os íntimos), que aliás emitia ordens à população assim que achasse necessário. Enfim, uma espécie Pedro Bial sem aquela filosofia toda.

Nesse mundo catastrófico, o Ministério da Paz promovia a Guerra, o Ministério da Fartura rateava parcamente rações para a população enquanto o Ministério da Verdade nada mais fazia do que reescrever páginas de jornais e revistas antigas de modo a alterar a História e mostrar como tudo que acontece é ótimo (por exemplo, "a ração de 200 gramas de arroz aumentou para 300 gramas", sendo que na realidade há um mês a cota era de 400 gramas).

Orwell foi brilhante, mas errou num detalhe. Chutou um ano qualquer para o título de seu livro e eternizou o ano de 1984. Mal sabia ele que se escolhesse 1985 acertaria o ano em que uma espécie de ministro da Verdade herdaria a presidência de um país por aí, desses que saiam de uma Ditadura Militar.

José Sarney parece necessitar dos serviços do Ministério da Verdade para validar algumas declarações recentes. Para o senador, não havia necessidade de exibir fotos da época do impeachment de Fernando Collor quando de sua queda do poder em 1992 na galeria de fotos da história do Senado. "Não é marcante" comentou, talvez em um mesmo tom em que vociferaria "Ninguém aqui sabe de ato secreto" em uma daquelas câmeras/microfone espalhadas pelo país fictício de Orwell.

Agora, o maranhense defende que documentos estatais secretos assim permaneçam por toda a eternidade. "Não podemos fazer Wikileaks da história do Brasil", afirma ele, sob o argumento que a atitude poderia abrir feridas diplomáticas.

Sarney é o homem do partido da Ditadura que foi eleito como primeiro presidente civil pós-Ditadura. O homem que institui o congelamento dos preços para que os preços não subissem. O homem do Maranhão que foi eleito senador pelo Amapá.

Pois é. Ele reinventou o Ministério da Verdade.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mãos atadas

Duas ideias prontas "caso de polícia" se contradizem e travam questões de segurança público no Brasil.

Parece único o discurso de que lugar de bandido é na cadeia, adotado pelo povo, por policiais e jornalistas da área. Esse parece o destino mais correto para o ladrão de galinhas, o assaltante, o sequestrador, o traficante, o estuprador, o estelionatário e afins.

Choca-se com esse conceito, a máxima de que cadeia é "faculdade do crime". O sujeito, nesse entender popular, entra traficante de segunda classe e sai formado sequestrador profissional. Infelizmente, parece ser essa a realidade do nosso sistema prisional.

A falta dessa visão ampla da questão faz com que o eleitor não pense nos presídios na hora de votar ou exercer seu pleno direito democrático de pressionar seus representantes. São válidas as opiniões de que deve-se construir escolas ou implementar o ensino e erguer hospitais e melhoras salários de médicos e enfermeiros, mas a qualidade do nosso sistema prisional também deveria entrar nessa pauta de reivindicação. Prisão não é coisa de ladrão. É de interesse de todos.

Travamos nas máximas de que nós pagamos para sustentar vagabundo, que nada mais é do que dizer nas entrelinhas que bandido bom é bandido morto - solução simplista, nada humanitária que só alimenta o ódio na sociedade e que só aparenta sanar o problema da violência.

Isso sem contar as leituras qualitativas das prisões: quanto mais presos melhor. Nada se comenta a respeito da superlotação e mesmo das condições de quem trabalha ali.O fator primordial deveria ser "quando foram reabilitados e qual o nível de qualidade dessa reabilitação?"

Fossem os presídios centros de reabilitação, faria sentido a ideia de que lugar de bandido é na cadeia, para uma verdadeira readaptação para voltar à sociedade.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Nada como a experiência

O alemãozinho vinha sendo badalado – não à toa – graças ao seu belo histórico numa curta carreira de piloto. Vettel tem só 23 anos e já é campeão da maior categoria de automobilismo do mundo. Pena que justo na última volta do Grande Prêmio do Canadá, a experiência e frieza inglesa de Jenson Button fizeram Sebastian tremer e entregar de bandeja o primeiro lugar ao campeão de 2009.

Foram necessárias 4 horas de corrida, interrupções e entradas de safety car para o jogo mudar e a Red Bull perder a corrida para a McLaren. Button cometeu erros na corrida: tocou em Webber na largada, exagerou na dose ao fechar Hamilton na linha de chegada e tirou o próprio companheiro de equipe da prova, mas foi punido, cumpriu a punição e voltou à pista para vencer de maneira indiscutível.

Enfim, emoções que só as pistas molhadas trazem, mas o novo sistema pró-ultrapassagem deu uma forcinha.

Agora não há dúvidas de que Button é um ótimo piloto. Foi campeão em 2009, quando tinha o carro certo, na hora certa, mas agora na McLaren mostra a cada corrida que não se limitava a um carro da Brawn GP.

Felipe Massa rodou, anulando uma ótima corrida que poderia terminar em pódio. Melhor que Alonso que voltou a pé para casa depois de uma batida. O brasileiro ainda protagonizou um dos melhores momentos da corrida: a incrível chegada lado a lado com a sensação da temporada, Kobayashi (o homem que põe fim à máxima de que piloto japonês só causa acidentes).

E não é que o hepta se fez lembrar? Schumacher chegou a ocupar a segunda posição, já que as condições da pista favoreciam o estilo de pilotagem mais do que o equipamento. Pois é, o alemãozão tenta recuperar um pouco de espaço.

Momentos de tensão
Para o fã de automobilismo, a bandeira vermelha representava um sério perigo. Passávamos das 15h30, 15h40... e lá vem o futebol. A emissora responsável pela transmissão televisiva da categoria optou pelas quatro linhas. Para piorar, pelo menos quatro grandes rádios paulistanas fizeram a mesma escolha. O jeito foi apelar ao corporativismo entre fãs das corridas via twitter para encontrar um transmissão ao vivo pela internet e poder curtir essa corrida histórica.

sábado, 11 de junho de 2011

Problema institucional

No melhor estilo "Tá nervoso? Vai pescar", a saída que o governo deu para o ministro Luiz Sergio (então ministro das Relações Institucionais) foi destinar a ele o Ministério da Pesca.

E não se fala mais nisso, hein?

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Festa da música

Há exatos 80 anos, o cantor e compositor João Gilberto abandonava o útero de sua mãe depois de um desentendimento.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pelo menos

Hoje não dá outro assunto. Só se fala no Ronaldinho.

O que convenhamos é bom. Já pensou se fosse tragédia?

Casa caiu

As chuvas e ventos fortes desta terça-feira fizeram o primeiro estrago. Antonio Palocci não aguentou.

As informações de que ele entra em campo por 15 minutos no jogo da seleção contra a Romênia não foram confirmadas.