quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Debate e assopra

Rápidas considerações sobre o debate na Globo

- No geral foi um debate sem graça. Nada muito polêmico. A falta de perguntas de jornalistas contribuiu para isso

- Os candidatos só repetiram o que disseram em debates anteriores, falavam de projetos e promessas, mas criticavam os outros por só falarem projeto e promessas

- Todos os candidatos fugiam das perguntas apresentando números e feitos do passado, exceto Plínio, que era mais direto

- Dilma Rousseff titubeou várias vezes. Só falou de projetos do governo. Deveria ter explorado o fato de Serra ligar para o ministro do STF Gilmar Mendes sobre decisão do uso de documentos no dia da eleição. Além disso, fugiu do debate direto com Serra

- José Serra não apresentou nada de novo pro debate. Se prendeu muito à Constituição de 88. Apelou nas considerações finais, tanto que foi o único que não foi aplaudido

- Marina Silva foi a que mais evoluiu quanto aos últimos debates. Mesmo assim parece que o PV ainda não tem, ou não sabe apresentar sua propostas

- Plínio de Arruda foi mais direto, mas não tão vivo quanto nos outros debates. Foi brilhante ao não deixar que Serra o usa-se como escada em uma pergunta para falar mal do governo, dizendo "o que esse governo faz é que o seu partido também fez..."

- Tendo isso em vista, não acho que tenha sido um debate esclarecedor. Educação e Corrupção nem foram discutidos. De qualquer jeito não é um debate que irá fazer o meu voto.

Erramos

Os especialistas em geopolítica internacional, jornalistas, analistas e todo esse pessoal, falavam em México, Grécia, Espanha, talvez até Honduras, quem sabe Cuba...

Mas a bomba estourou lá no Equador, zebra em qualquer casa de apostas da próxima sede do caos.

Eleições 3

Repare só:

Metade das celebridades bizarras do país está na Fazenda 3. A outra metade está concorrendo nessas eleições.

Afinal, qual a diferença entre Serginho Malandro e Tiririca? E entre Geyse Arruda e Mulher Pêra?

Aliás, na Câmara, além da bancada dos evangélicos, dos ambientalistas e dos ruralistas, já se fala em bancada dos abestados.

Sem pressa

É impressionante a agilidade e a vontade do Supremo Tribunal Federal em votar a validade do Ficha Limpa e o uso de dois documentos nas eleições.

Desse jeito, pelo menos até as eleições de 2020 já vai estar tudo decidido!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Os 10 tipos de eleitor - Qual deles você é?

Para quem não sabe, os eleitores não se dividem em classes sociais, ou gênero, orientações ideológicas. Se dividem em alguns grupos, conforme escolhem seus governantes. Vejamos os principais exemplos:

1 - O eleitor que fala de política o ano todo, acha um absurdo a população se preocupar mais em Big Brother e futebol do que política, mas no fim de semana das eleições ele precisa viajar e não vota.

2 - Tem aquele que escolhe o candidato mais bizarro que tem, e vota nele "em protesto". Nunca protestou na vida, nunca defendeu nada, só escolheu o tal candidato porque ele é diferente de todos os outros. Depois, nem quer saber o candidato fez.

3 - Existe aquele que sempre reclama do Congresso, do Senado, do Governo, diz que ninguém lá presta, é tudo ladrão. Mas quando aparece um político novato para enfrentar um velho de guerra, aposta na "experiência".

4 - O eleitor que tem preguiça de escolher candidato, voto na candidato do bairro porque o cara "é simpático".

5 - É o outro preguiçoso. Pergunta quem o Fulano está apoiando, e vota.

6 - Tem também o cidadão que até a véspera das eleições não sabe quem é candidato a deputados, governador, vereador, vota em qualquer um e depois reclama.

7 - [Esse é o meu favorito]: O eleitor que nunca dá a menor atenção para política, e no dia da votação vota em Branco porque é "contra tudo que aí está" e diz que se 50% dos eleitores votarem em branco ou nulo haverá outras eleições. Mal sabe que não é nada disso. (Só haverá outra eleição se o candidato eleito com mais de 50% dos votos válidos for cassado).

8 - Tem também o eleitor que pensa, pensa, reflete, e conclui que todos os políticos são ladrões e por isso vota no "Rouba, Mas Faz".

9 - Além do eleitor que diz que seu candidato venceu o debate (que por acaso ele não assistiu, mas viu a reportagem no dia seguinte), tem aquele que sempre pergunta para o amigo "mais bem informado": "Quem venceu o debate?".

O último é que eu mais vejo por ai:
10 - Aquele que decide em quem vai votar baseado nas pesquisas eleitorais - vota no primeiro porque não quer votar em perdedor; vota no candidato nanico porque não quer sujar as mãos votando em quem tem chance de ganhar; deixa de votar no terceiro para votar no segundo por que quer segundo turno. Tudo isso sem pensar em ideologia, programa de partido, base aliada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Terror no terrorismo

Chamam Dilma Rousseff de terrorista como se ela fosse uma radical islâmica do século 21. O contexto da Ditadura brasileira era outro.

Não, eu não acho Dilma a melhor e mais bem preparada candidata (adoraria ter mais opções nessas eleições), mas acho sem fundamento apoiar críticas em "ela foi terrorista".

Além disso, ao contrário dos boatos, Dilma Rousseff não participou do sequestro do embaixador dos EUA. Quem participou foi o Fernando Gabeira e o Franklin Martins.

Fora que "terroristas" célebres de 20, 30 anos atrás ganharam o Prêmio Nobel, como Yasser Arafat e Nelson Mandela [sim, ele foi terrorista e agora é o vovô bonzinho que todo mundo queria ter].

E digamos que Dilma Rousseff "pagou" pelos crimes políticos: esteve presa por 3 anos e foi torturada.

Falar em crise na Casa Civil, PAC, governo Lula é aceitável, bem mais recente. Mas não dá para centrar os ataques no que ela fez nos anos 60/70.




quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tá na capa

- E aquelas acusações de falsificação da assinatura da filha do Serra, Verônica Serra, que que deu?

- Ah, isso são [primeiras] páginas passadas.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pressão contra o Papa

A pressão contra as posições da Igreja Católica está tão grande que Bento XVI já topa tirar umas férias do Papado para virar técnico do Palmeiras. Ou quem sabe até assumir a Casa Civil.

Afinal, nepotismo é coisa de Papa do passado.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Hora da política

Do jeito que estão as coisas, já tem tucano pensando em quem José Serra vai apoiar no segundo turno.

Horário Eleitoral
Tá bom, tá bom. Chega de candidato no horário eleitoral criticando os adversários palhaços (se bem que aquela propaganda do Skaf maquiado de comediante circense foi mais engraçada do que qualquer inserção do Tiririca até agora). Isso reduz qualquer debate político. Talvez dê atpe a

Tem candidatos bem mais ridículos por aí. Sem contar aqueles que acreditam que basta dizer nome e número e "vou lutar por um Brasil melhor."

Isso são horas?

O Horário Político nem acabou e você já está reclamando do Horário de Verão, não é?

Pelo menos no segundo não tem políticos.

domingo, 12 de setembro de 2010

Debate Presidencial

A diversão da TV no fim do domingo é o debate eleitoral na Rede TV.

Mais de uma vez Marina Silva se atrapalhou com o tempo e encerrou seu aparte com quase um minuto de sobra... desse jeito, se eleita ela termina o mandato 2 anos antes.

Já Plínio Arruda virou o candidato pop da vez. No twitter já é chamado de StandUp Candidate. Sempre ressalta que os adversário pulam fora das suas perguntas e quando Dilma fez uma pergunta mais pontual retrucou com "Sei lá, eu".

Já tem gente tirando a vuvuzela do armário para torcer pelo PSOLista nos debates. Mas termina por aí.

Enquanto isso sistematização dos debates deixou tudo sem graça. O candidato tem 1 minutos para pergunta, 1 minuto para resposta, 2 para tréplica, 2 para ir ao banheiro no intervalo, 1 minuto para ajeitar o paletó...


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Netinho e De Paula

Quércia abandona candidatura para tratar de um câncer.

Romeu Tuma está internado.

Já já a Marta Suplicy desiste e o Netinho vai ser eleito para ocupar as duas vagas de senador! Quer ver só?

Conservador é a vovozinha

Você é um leitor conservador. Nem sei porque, mas em algum aspecto, em alguma questão política, econômica, filosófica (sei lá) você é um conservador.

Você pode discordar, mas tem que admitir que ler isso te irritou profundamente. Há algo nesse adjetivo que nos atinge e nos insulta. "Conservador eu? De forma alguma". Na nossa cabeça, nós somos os liberais, os 'mente aberta' enquanto o outro não evolui no tempo.

Da mesma forma que encerrar uma discussão dizendo "Comunista!", "Hipócrita!" ou "Fanático", usamos nossa carta na manga "Conservador!". Como se a redução de uma discussão a esse termo não fosse simplista, superficial, ou quem sabe, conservadora. Ah, e pode ter certeza que a pessoa classificada como tal não vai gostar.

Provavelmente nem nos passe pela cabeça o que isso significa profundamente. Geralmente o conservador é quem age como se estivesse no passado. O termo se associa a monarquia, fanatismo religioso. Mesmo assim, o conservadorismo não é conceito fixo, definitivo. Aparece uma nova ideia, um conceito, e pronto, somos colocados no passado não-liberal.
Politicamente, o conservador é de direita. Mesmo que a classificação "de esquerda" tenha relação com um ideal do século XIX. O liberal (politica, cultura ou economicamente), ou o pensamento liberal, às vezes é tão conservador quando o próprio conservador, já que se forma em conceitos que não podem ser questionados. Certas vezes até mesmo colocar o liberalismo em dúvida parece um crime.
O choque de gerações também provoca essa dualidade. Os filhos acham os pais conservadores por causa de suas atitudes repressores ou opiniões de outros tempos. Os pais e avós acham os filhos conservadores porque não saber o que é lutar contra uma ditadura ou porque são acomodados.
Na mídia, taxamos a Globo ou a Veja de conservadoras quando não concordamos com suas reportagens ou opiniões. Se concordamos, ninguém lembra da linha editorial do veículo. Se algum veículo é mais (digamos) liberal do que nós, é só taxá-los de radical, comunista, partidário e tudo está resolvido.
Conservadores são os outros. E somos todos nós.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sempre a mesma coisa

Toda eleição é a mesma coisa. Por exemplo, toda vez que nos aproximamos do pleito vem alguém dizendo que "toda eleição é a mesma coisa".

Piadas afora, sempre aparece um escândalo do tipo dossiê, quebra de sigilo, assinatura falsificada, um filho não reconhecido (eleições 1989) geralmente atrapalhando o primeiro colocado nas pesquisas.

A suposta quebra do sigilo fiscal (negocio burocrático mais chato, hein) da filha de Serra aconteceu em 2009, quando seu pai liderava as pesquisas e o eleitor estava mais preocupado com a seleção de Dunga do que com quem seria o candidato do presidente. A acusação é sustentável.

Nada mais justo do que o noticiário dar destaque ao que pode ter sido um crime fiscal ou até eleitoral, mas a imprensa acaba não explorando outras tantas coisas importantes para as eleições, diversos problemas nacionais, questões mais profundas de "porque se gastou nisso, porque se abandonou aquele projeto".

E do mesmo modo que a imprensa reclama de não ter mais espaço para trazer a tona alguma discussão, os candidatos desperdiçam seus tempos de TV (moeda de troca das alianças políticas nem um pouco ideológicas) com mensagens que não dizem nada, naquele eterno feijão com arroz da campanha: "Vou investir em educação, saúde, segurança". Isso quando não se esforçam em dizer exclusivamente o número e nome e o chavão "Brasil melhor".

E a tática de marketing político é sempre aquela: o exagero da realidade. O segredo da campanha da oposição é mostrar como a conjuntura não é favorável, a vida é um caos através do depoimento daquela pessoa revoltada e da fala do candidato que culpa os impostos.

Já a situação vomita números e imagens panorâmicas sensacionais de grandes obras e depoimentos de pessoas felizes com suas vidas e benefícios. Tem até um vídeo circulando na internet da música "Quero morar na propaganda do governo da Bahia", aquele lugar maravilhoso!

domingo, 5 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sem clima para piadas

Antes era só uma piadinha fonética, mas nesses tempos de estiagem, a velha pegadinha perdeu a graça e ganhou um tom de desespero.

Afinal, será que...

Setembro chove?