Corrida fraca no GP da Espanha 2, maliciosamente conhecido como GP da Europa. A pista permitiu poucas ultrapassagens – exceção feita a uma linda manobra de Alonso sobre Webber. Fosse o traçado valenciano um pouco mais estreito e teria punido algumas saídas de pistas de Webber e Vettel com uma raspada no muro. Não foi o caso e a corrida seguiu.
Apesar da vitória do incontestável Sebastian Vettel, não dá mais para desprezar a evolução da Ferrari, comandada por Fernando Alonso. Seu segundo lugar, com boa distância para Webber, mostra que a aquela ideia de que equipe dos touros vermelhos pode tirar uma soneca que ainda assim será campeã é historinha para boi dormir.
Felipe Massa vem sendo um bom largador e nada mais. As atrapalhadas da Ferrari nos boxes não “aniquilaram” a corrida do brasileiro. Foram falhas sim, mas nada que tenha comprometido a já discreta corrida de Massa, que só não foi o último do G6 (duplas da McLaren, Ferraria e Red Bull) porque Button teve problemas no KERS.
Rubinho...
As estratégias um pouco mais ousadas de paradas para Jaime Alguersuari (Toro Roso – duas paradas) e Sérgio Perez (Sauber – uma parada) deixaram Rubens Barrichello de fora da zona de pontuação. O mexicano, aliás, deixou para trás seu colega de equipe Kamui Kobayashi, a sensação da temporada.
Completo
Todo os carros completaram a corrida. Talvez tenha sido algo que contribui para deixar a corrida um pouco mais chata. Com tantos carros na pista era mais fácil pegar tráfego de retardatários.
Vale mudar?
O que a Benetton de 1995, Ferrari de 2002 a 2005, Brawn GP de 2009 e a Red Bull atual têm em comum? Além da supremacia na pista, essas equipes tiveram (e tem, no caso da RBR) que lidar com as mudanças de regras que a organização da Fórmula-1 impõe durante a temporada. É algo como “trocar pneu com o carro andando”, se bem que os pits stops da escuderia dos energéticos estão tão rápidos este ano que a frase já nem parece exagero mais.
Agora a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu alterar o regulamento dos motores e dos escapamentos, inibindo dois detalhes que supostamente favorecem a Red Bull. Não vai fazer efeito. É uma tentativa de impedir o mais justo: o melhor carro, guiado pelo melhor piloto lideram o campeonato e ao que tudo indica, vencerão o mundial.
A Fórmula-1 está exagerando na dose. Sua organização foi extremamente feliz nas novas regras, que facilitam as ultrapassagens: já trouxeram a emoção de volta para as corridas. Agora quer a todo custo “impor” a emoção no campeonato, tentando nivelar as escuderias artificialmente. Já tivemos em temporadas anteriores corridas fracas e campeonatos emocionantes, decididos na última prova. Qual o problema se acontecer o inverso?
Classificação do GP da Espanha
1. Sebastian Vettel (Alemanha/Red Bull)
2. Fernando Alonso (Espanha/Ferrari)
3. Mark Webber (Austrália/Red Bull)
4. Lewis Hamilton (Inglaterra/McLaren)
5. Felipe Massa (Brasil/Ferrari)
6. Jenson Button (Inglaterra/McLaren)
7. Nico Rosberg (Alemanha/Mercedes)
8. Jaime Alguersuari (Espanha/Toro Roso)
9. Adrian Sutil (Alemanha/Force India)
10. Nick Heidfeld (Alemanha/Renault Lotus)
11. Sergio Pérez (México/Sauber)
12. Rubens Barrichello (Brasil/Williams)
13. Sebastien Buemi (Suiça/Toro Roso)
14. Paul di Resta (Escócia/Force India)
15. Vitaly Petrov (Rússia/Renault Lotus)
16. Kamui Kobayashi (Japão/Sauber)
17. Michael Schumacher (Alemanha/Mercedes)
18. Pastor Maldonado (Venezuela/Williams)
19. Heikki Kovalainen (Finlândia/Lotus-Renault)
20. Jarno Trulli (Itália/Lotus-Renault)
21. Timo Glock (Alemanha/MVR)
22. Jerome D'Ambrosio (Bélgica/MVR)
23. Vitantonio Liuzzi (Itália/Hispania)
24. Narain Karthikeyan (Índia/Hispania)
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