Piadas afora, sempre aparece um escândalo do tipo dossiê, quebra de sigilo, assinatura falsificada, um filho não reconhecido (eleições 1989) geralmente atrapalhando o primeiro colocado nas pesquisas.
A suposta quebra do sigilo fiscal (negocio burocrático mais chato, hein) da filha de Serra aconteceu em 2009, quando seu pai liderava as pesquisas e o eleitor estava mais preocupado com a seleção de Dunga do que com quem seria o candidato do presidente. A acusação é sustentável.
Nada mais justo do que o noticiário dar destaque ao que pode ter sido um crime fiscal ou até eleitoral, mas a imprensa acaba não explorando outras tantas coisas importantes para as eleições, diversos problemas nacionais, questões mais profundas de "porque se gastou nisso, porque se abandonou aquele projeto".
E do mesmo modo que a imprensa reclama de não ter mais espaço para trazer a tona alguma discussão, os candidatos desperdiçam seus tempos de TV (moeda de troca das alianças políticas nem um pouco ideológicas) com mensagens que não dizem nada, naquele eterno feijão com arroz da campanha: "Vou investir em educação, saúde, segurança". Isso quando não se esforçam em dizer exclusivamente o número e nome e o chavão "Brasil melhor".
E a tática de marketing político é sempre aquela: o exagero da realidade. O segredo da campanha da oposição é mostrar como a conjuntura não é favorável, a vida é um caos através do depoimento daquela pessoa revoltada e da fala do candidato que culpa os impostos.
Já a situação vomita números e imagens panorâmicas sensacionais de grandes obras e depoimentos de pessoas felizes com suas vidas e benefícios. Tem até um vídeo circulando na internet da música "Quero morar na propaganda do governo da Bahia", aquele lugar maravilhoso!
Um comentário:
É meu amigo, e eu toda vez me pergunto se esse país tem futuro. Porque eu não vejo!
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