A organização da categoria Superleague, um campeonato de automobilismo entre clubes de futebol, divulgou layout do carro do Corinthians com as cores do Brasil. O problema é que a cor em maior proporção na flâmula [é a primeira vez que uso essa palavra fora do hino] é justamente o verde do arqui-rival Palmeiras. (Crédito foto: Master Midia Marketing)
A diretoria do time já contestou o desenho divulgado e garantiu em nota: "Evidentemente, não será autorizada a utilização da cor verde em nosso carro."
Compreendo o valor que se dá às cores oficiais da equipe - afinal de conta, o carro deveria remeter ao Corinthians -, mas lamento esse fanatismo visual, que nada mais é do que um tipo de fanatismo.
A rivalidade no futebol é uma espécie de nacionalismo pós-moderno. Um motivo para discordar, discutir e por vezes brigar e até agredir. A repulsão com a cor do adversário é tanta que chega-se ao ponto de recusar as cores da bandeira do próprio país [não querendo aqui ser ufanista], como o caso citado.
Ao se ratificar uma intolerância como essa, reforça-se rivalidades maiores e daí para intolerância entre torcidas organizadas ou não é um pulo.
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