segunda-feira, 2 de junho de 2008

Olho no lance... ééééé

Nesta sexta-feira, o locutor Sílvio Luís esteve no campus da Unesp de Bauru para um bate-papo com os alunos, a maioria de jornalismo. O encontro encerrou o III Seminário de Jornalismo Esportivo Brasil Olímpico.


Sílvio é o mais criativo dos locutores esportivos brasileiros em se tratando de bordões. Aos 74 anos ele narra diversos campeonatos na Band e na Band News.



No encontro, mostrou-se o mesmo brincalhão das transmissão, e criticou a sua emissora, bem como a tv e o jornalismo esportivo do país. Assim como venho fazendo, vou deixar algumas das frases que me chamaram atenção na conversa:



"Um dia [nos tempos da Ditadura] me chamaram no DOPS, porque nos jogos eu dizia 'o dólar paralelo tá tanto'. Mas o Jornal Nacional também dava o dólar paralelo. "



"Eu tenho que dar uma legenda para a imagem" a respeito de seus comentários sobre o que se acotnece. Ele é contra repetir o que está sendo mostrado pela tv. Prefere acrescentar algo com um comentário, ou uma brincadeira.



"Costumo pegar algo do cotidiano quando o jogo tá chato", para descontrair a transmissão e prender o telespectador.

"Se você soubesse como eu detesto aquele negócio..." sobre a traja do patrocinador que aparece no meio das transmissões futebolísticas.

"As mesas redondas viraram festival de merchandising."

"Sem falsa modéstia: fazer o que eu faço não é fácil."

Sílvio falou várias vezes do poder da Rede Globo e da qualidade de sua transmissão. Perguntei para ele pessoalmente: "Você trabalharia lá?" Ele me respondeu: "Se for para manter meu estilo, sim."



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